Após disputar três prorrogações e duas disputas de pênaltis, a Croácia chegou à tão sonhada final. Não dá para negar que o time esteja cansado. O treinador, Zlatko Dalic, em entrevista disse que o time está cansado, mas que confia na vitória. O treinador ainda afirmou que quanto mais difícil, melhor. Se somar o tempo de cada prorrogação, a Croácia terá disputado oito jogos. Isso foi motivo para o treinador exaltar a vontade dos atletas.
“Nós pegamos o caminho mais difícil. Somos o único time da Copa que vai jogar oito jogos. Isso é muito difícil. Mas me parece que quanto mais difíceis as circunstâncias, melhor nós jogamos futebol. Claro que a França tem um dia a mais, mas nós vamos descansar e nos recuperar a tempo. Não há desculpas, isso é uma final de Copa do Mundo. Temos que dar tudo, estar prontos, estar preparados. É uma chance de uma vida. Tem sido difícil para nós, mas vamos achar a força e a motivação.”
Outro ponto abordado pelo treinador foi a possível falta de respeito pelo lado dos jogadores ingleses, após a disputa das semifinais. Dalic afirmou que sentiu falta de respeito pelo lados do time inglês e da mídia, mas jogaram pelos fãs.
“Nós respeitamos os rivais e esperamos isso de volta. Talvez não tiveram o respeito conosco que nós merecemos, o time inglês e a mídia. Mas isso é futebol, isso é o esporte. Talvez esse elemento tenha existido. Mas nós estávamos motivados para além disso. Nós queríamos ir para a final e jogar por nossos fãs.”
Dalic assumiu a seleção 48 horas antes de estrear em 2017 e chegou à final da Copa. (Fonte: Reuters)
Um dos grandes destaques da seleção croata, Ivan Rakitic, poderia não estar ajudando o time na Copa. Isso porque Rakitic nasceu na Suíça, mas como a família toda é da Croácia, ele resolveu disputar jogos oficiais pelo time da camisa quadriculada, como os croatas são conhecidos. Esse fato virou motivo de orgulho para o atleta.
“Acho que não há sentimento melhor do que ser croata. Quando eu decidi jogar pela Croácia, eu tinha sonhos. Eu queria jogar uma final de um grande campeonato a cada dois anos. E chegar aqui é a realização de um sonho” – afirmou o atleta, que ainda disse que trocaria a carreira pelo título mundial.
Rakitic, que nasceu na Suíça, escolheu defender o país dos familiares. (Fonte: Reuters)
Toucas como a da imagem abaixo ficaram famosas nas arquibancadas durante os jogos da Croácia e viraram uma tendência entre os torcedores. A moda se dá pelo fato do país ser uma potência mundial no pólo aquático e a touca é um dos principais equipamentos do esporte.
”Moda” já existia desde o último Mundial. (Fonte: Carl Recine)
Mesmo que o futebol não seja o principal esporte do país, os atletas terão o apoio de todos os croatas e de muitos amantes do futebol, espalhados pelo mundo. Presente em todos os jogos da seleção e certamente estará na grande final, a presidenta da Croácia, Kolinda Grabar-Kitarovic, virou símbolo da seleção e se mostrou ser muito “pé-quente”. A mandatária foi muito elogiada na internet por não usar dinheiro público para suas viagens na Rússia. Kolinda pega voos comerciais, pagos do próprio bolso, e ainda desconta de seu salário os dias não trabalhados.
Sempre de camisa quadriculada, Kolinda esteve presente em todos os jogos da seleção na Copa. (Fonte: Gretty Imagens)
Após a equipe garantir vaga nas semifinais, Kolinda foi até o vestiário e fez questão de cumprimentar um por um. (Fonte: FIFA)
A Croácia promete tirar forças de onde for para disputar a final contra a França e buscar o título inédito. A grande arma da seleção francesa é a velocidade, principalmente com MBappé, que é o principal destaque da seleção. Os croatas vão precisar muito dos craques Rakitic e Modric, para segurarem o jogo no meio de campo e evitar os ataques velozes de MBappé. As duas equipes se enfrentam domingo, dia 15 de julho, ao meio-dia no horário de Brasília, no Luzhniki Stadium, em Moscou.
por Otávio Augusto
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