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A zebra voltou

1 jul

Num primeiro tempo de poucas oportunidades, a fúria espanhola abriu o placar após uma cobrança de falta na área, onde os zagueiros Sérgio Ramos e Sergey Ignashevich se enrolaram, resultando-se em um gol contra do zagueiro russo, aos 10 minutos de jogo.

Após o gol, a seleção espanhola dominou totalmente a posse de bola, do jeito que está acostumada a fazer, um reflexo do time do Barcelona, que cede 3 jogadores dos 11 que começaram a partida. A seleção russa, sem agredir, busca lançamentos longos e contra ataques, porém, a experiência da defesa espanhola, impedia com que os donos da casa chegassem com qualidade.

Apesar dos 75% de posse de bola, em determinada altura do jogo, a seleção da Espanha não agredia muito também, faziam questão apenas de trocar passes, o que aconteceu praticamente no primeiro tempo todo, até que, aos 40 minutos, após uma tentativa de chegada do time russo, a bola bate no braço do zagueiro Piqué, e o árbitro marca penalidade máxima para a Rússia, sem nem mesmo precisar solicitar ajuda do VAR. Artem Dzyuba converteu a cobrança e deixou tudo igual, 1×1 em Moscow. Já próximo do fim da primeira etapa, os espanhóis ensaiaram uma pressão, mas sem sucesso.

No segundo tempo, a seleção da casa demonstrou que sairia mais pro jogo, mas não obteve sucesso, mais uma vez os espanhóis dominavam a posse de bola, mas sem agredir, como se estivessem com a vantagem no placar. Os técnicos começaram a realizar alterações em busca do resultado, mas nenhuma surtiu algum efeito significativo, nem mesmo com a entrada do experiente Iniesta, campeão do mundo em 2010, o jogo mudou. E o jogo frio encerrou mais um vez em 1×1, e foi pra prorrogação.

Com a entrada de Rodrigo, atacante brasileiro naturalizado espanhol, a chance mais clara de gol aconteceu no 2º tempo da prorrogação, com um lance individual dele, que parou nas mãos do goleiro russo. Muito toque de bola, pouca objetividade, fim de jogo e vamos para as penalidades.

As duas primeiras cobranças de cada time foram convertidas com sucesso, Iniesta, Smolov, Piqué e Ignashevich garantiram os 2×2 das penalidades, até que o goleiro russo Akinfeev, defendeu a cobrança do espanhol Koke. Golovin ampliou para os russos em seguida, 3×2. O capitão Sérgio Ramos deixou tudo igual novamente, 3×3. Cheryshev ampliou para os anfitriões, 4×3, e por fim, a cobrança de Iago Aspas parou na mão do goleiro russo, mais uma vez. A zebra foi solta, e a seleção da Rússia está classificada para as quartas de final.

Muita bola na rede. Nos pênaltis. (Foto: Reuters/Kai Pfaffenbach)

Ficha técnica

Espanha: De Gea, Nacho (Carvajal), Piqué, Sergio Ramos, Jordi Alba, Sergio Busquets, Koke, David Silva (Iniesta), Isco, Asensio (Rodrigo), Diego Costa (Aspas).
Técnico: Fernando Hierro

Rússia: Akinfeev, Mário Fernandes, Kutepov, Ignashevich, Kudryashov, Zhirkov (Granat), Kuzyaev (Erokhin), Zobnin, Samedov (Cheryshev), Golovin, Dzyuba (Smolov).
Técnico: Stanislav Cherchesov

Gols: Ignashevich (10’ 1º contra), Dzyuba (40’ 1º)

por Alex Periard Lopes

Favoritismo contra confiança: o Grupo B   

6 jun

Sorteado o Grupo B, a seleção mais temida do pote 2, Espanha, caiu com Portugal, juntamente com Irã e Marrocos.

Seleção de um homem só?

Cabeça de chave, a equipe comandada por Fernando Santos abre o mundial com os espanhóis, no dia 15 de junho, em Sochi, e o duelo irá marcar não só o encontro de Cristiano Ronaldo com a Espanha, como também com grande parte de seus companheiros do Real Madrid, como Carjaval, Sérgio Ramos, Nacho, Isco, Asensio e Lucas Vázquez.

Portugal chega com moral na Rússia. Atual campeão da Eurocopa, excelente campanha nas Eliminatórias com 90% de aproveitamento e chega também com o melhor jogador do mundo sem lesões ou dores, diferente da Copa de 2014, que Cristiano Ronaldo atuou com uma lesão na coxa e no joelho.

Fonte: Getty Images

Cristiano Ronaldo, galã e craque português.

Portugal não conta apenas com os serviços de CR7. O time tem outros bons jogadores que podem dividir a responsabilidade e resolver uma partida, como Quaresma (Besikitas-TUR), Gelson Martins (Sporting-POR) e Bernardo Silva (Manchester City-ING).

Favoritismo e despedida

A Espanha chega à Rússia com status de favorita, e com um elenco muito forte para a disputa do mundial. Uma das principais peças da equipe é Andrés Iniesta, considerado por muitos o maior jogador espanhol da história, sendo autor do gol da conquista da única Copa do Mundo pela seleção, em 2010, na África do Sul.

Iniesta, que completou recentemente 33 anos, já declarou que deve se despedir da seleção em copas em 2018. O craque trocou o Barcelona pelo japonês Vissel Kobe, clube onde deverá encerrar sua carreira profissional, que foi inteiramente dedicada ao clube catalão, onde jogou por 17 anos. A despedida foi emocionante, e o atleta foi reverenciado pelos demais presentes no campo e no estádio, e não deve ser diferente na Rússia, já que Andrés não é ídolo somente dos espanhóis, e sim daqueles que apreciam o bom futebol.

Confira como foi a despedida:

A seleção “roja” ainda está repleta de craques e tem sua base formada por atletas de Barcelona e Real Madrid, que representam seis, dos onze titulares definidos pelo técnico Julen Lopetegui. São eles: Sergio Ramos, Piqué, Carvajal, Jordi Alba, Sérgio Busquets e Marco Asensio. Além deles, há grande expectativa pelas atuações do goleiro David De Gea, que joga no Manchester United, e fez a melhor temporada de sua carreira em 2017/18.

Opções não faltam a Lopetegui. Resta saber se ele conseguirá transformar todo o potencial individual em força coletiva para sua equipe no mundial.

Como chega o Irã na Copa do Mundo?

O título foi uma pergunta, evidentemente. Porém, a verdade é que a seleção do Irã já chegou à Rússia para a disputa da Copa do Mundo. Foi a primeira seleção que desembarcou em solos russos. A delegação chegou ao Aeroporto Internacional Vnukovo, na capital Moscou, por voltas da 20h30 (14h30 no horário de Brasília). Junto com a seleção, veio o sonho de voos mais altos.

Isso porque é apenas a quinta Copa do Mundo dos iranianos. Em nenhuma das oportunidades conseguiu passar para a segunda fase da competição. A sua primeira vitória (e única) só foi acontecer em 1998, contra os Estados Unidos (2×1). Essa partida foi muito esperada devido à conturbada ligação política entre esses dois países após a Revolução do Irã. No entanto, dentro de campo não entrou essa história: posaram para fotos abraçados e trocaram flores antes do início da partida. Foi um dia marcante em que se celebrou a paz no mundo inteiro.

Fonte: Blog Flávio J Vieira

A prova que o esporte pode unir nações. Irã x Estados Unidos (1998).

Depois disso, o Irã e o Japão foram, em 2006, os primeiros a se classificarem para a Copa do Mundo. Além disso, também foi ranqueada entre as 20 melhores seleções do mundo. Porém, o destaque parou por aí. Em 2014, os solos brasileiros não fizeram bem à seleção iraniana. Marcaram apenas um gol em toda competição, anotado pelo atacante Reza Ghoochannejihad.

Em 2018 a história é, pelo menos, melhor. Pela primeira vez conseguiu ir a duas copas consecutivas. E o feito foi rápido: Foi a segunda seleção a se classificar (apenas atrás do Brasil). Nas eliminatórias do continente, foi líder invicta do seu grupo com apenas cinco gols sofridos. A seleção chega com moral, dirigida pelo português Carlos Queiroz, ex-técnico do Real Madrid e da seleção portuguesa.

O retorno

Após vinte anos o Marrocos está de volta ao mais importante evento mundial de futebol. Sua última presença havia sido em 1998, na França, onde ocupou a 18° colocação.

Foto: Getty images/DailyStar

Seleção do Marrocos.

A seleção de Marrocos garantiu a sua participação na Copa do Mundo de 2018 em 11 de novembro de 2017, na última rodada do Grupo C das Eliminatórias africanas (CAF) em um confronto contra a Costa do Marfim.

Sua equipe conta com a participação do ex-jogador francês Hervé Renard como técnico e com o seu melhor jogador conhecido como, Hakim Ziyech que atua como meia-atacante.

Curiosidades:

-Apelido: Leões do Atlas

-Uniforme 1: Camisa vermelha, calção verde e meias vermelhas

-Uniforme 2: Camisa verde, calção vermelho e meias verdes

-Participações em copas: Quatro vezes (1970, 1986, 1994, 1998)

-Melhor campanha em copas: 11º (1986)

 

Olho neles!

Cristiano Ronaldo (Portugal)

Fonte: Getty images/DailyStar

CR7.

Com cinco Bolas de Ouros conquistadas, o craque sem dúvida é o principal nome de Portugal no Mundial. Ele já provou que para ele não há limites. É um jogador muito ambicioso, tanto coletivamente como individualmente e seu espírito contagia.

Sérgio Ramos (Espanha)

Fonte: Getty images/DailyStar

Sergio Ramos.

Zagueiro do Real Madrid é o capitão da Espanha desde 2016 e é um dos principais nomes da equipe tanto dentro de campo, quanto fora, com seu grande espírito de liderança.

Sardar Azmoun (Irã)

Fonte: Tim Wimborne / REUTERS

Sardar Azmoun.

O destaque da seleção iraniana é o atacante Azmoun. Com apenas 22 anos, já é o quinto maior artilheiro da história da seleção do Irã. Marcou 22 gols em 30 partidas. Seus números são tão impressionantes que comparados ao de Neymar, na mesma idade, seu desempenho é superior

Benatia ( Marrocos )

Fonte: Getty images

Benatia.

Zagueiro da Juventus teve um papel muito importante na classificação da sua seleção para o Mundial, uma vez que os marroquinos encerraram a campanha das Eliminatórias sem sofrer gols.

 

Por João Marcos Bisca, Bruno Brigatto, Gabriel Lutterbach e Maria Antônia Sampaio

De olho na final: Holanda X Espanha

13 jun

Salvador viu a continuação da final de 2010.

No terceiro tempo, tudo igual: pênalti convertido pra Fúria, gol de Van Persie pra Holanda.

No quarto tempo a Fúria não voltou: o time de branco entrou para o carrossel holandês, ficou tonto e caiu de quatro.

Na real: primeiro jogo de verdade da Copa.

Na súmula: Laranja Azul = 5, Raiva passageira = 1 (deveriam estudar a Itália da última Copa).

Faltam 61 jogos.

 

por Gustavo Burla