As surpresas da Copa do Mundo

Alemanha, Argentina e, por último, Espanha. Itália nem veio à Rússia. É notório que essa Copa do Mundo tem se destacado também pelas “zebras”. A chance de tê-la numa final é grande. Se de um lado do chaveamento tem os campeões Brasil, Uruguai, França. Do outro, avançaram Rússia, Croácia, Suécia e Inglaterra (desses países, apenas Inglaterra já foi campeão mundial). A Bélgica é a “intrusa” entre os que já conquistaram o título.

Quartas de final da Copa do Mundo 2018. (Créditos: Gazeta do Povo.)

Em números, há 3/4 de chances de uma nação que nunca conquistou a Copa chegar à final. Mais do que isso, tem 100% de merecimento por chegarem até as quartas de final.

Analisaremos cada uma dessas surpresas:

Rússia: Antes do início da Copa do Mundo, a Rússia era a PIOR colocada dentre os países participantes (62° lugar). Com o fim da competição, deverá ficar entre os melhores. Isso demonstra bem a “montanha russa”: estavam todos desesperançosos e não era para menos, pois não ganhavam desde outubro de 2017 (7 jogos sem vitórias). No entanto, tudo mudou quando a Copa começou: de cara, emplacaram uma goleada contra a Arábia Saudita por 5×0. Ademais, desbancaram uma das favoritas ao título (Espanha) e prosseguem com o sonho vivo.

A classificação da Rússia passou pelos pés de Akinfeev. (Crédito: Reuters)

Croácia: Das surpresas, talvez a equipe com maior potencial de chegar até uma final. Além disso, é um dos países que mais tem se destacado nessa Copa do Mundo. Não à toa desbancou a seleção argentina, venceu as três partidas (100% de aproveitamento) e terminou em primeiro lugar do grupo D. Os croatas contam com o talento de Modric, Rakitic, Perisic, Kovacic e Mandzukic (jogadores das principais equipes do mundo) para desbancar os donos da casa. Demonstraram que podem ir longe quando ganharam da Argentina por 3×0. É bom ficar de olho.

A boa fase da Croácia passa pelo futebol de Modric. (Créditos: Getty Images)

Suécia: Existe uma seleção de que não se pode duvidar. E ela mostrou o porquê disso: favoritos como Holanda e Itália ficaram pelo seu caminho nas eliminatórias. Na fase de grupos, foi a vez da Alemanha. Será agora a da Inglaterra?

Além da força defensiva que vem demonstrando, a agressividade na hora de atacar é mais um marco dos suecos. Olha que o seu principal jogador ficou de fora.

Se por um lado Ibrahimovic não foi convocado, o camisa 10 sueco vem roubando a cena: Forsberg, por exemplo, foi o autor do gol que garantiu a Suécia nas quartas de final contra a a Suíça.

A pergunta que fica é a seguinte: quem será capaz de parar a Suécia?

Suécia vem desbancando grandes seleções. (Créditos: Site Oficial)

Bélgica: Não sei se chega a ser uma surpresa pelos ótimos jogadores que tem em seu elenco. Porém, quando se fala em Copa do Mundo, não deixa de ser. A vez que chegou mais longe foi em 1986 (4° lugar). Ao contrário, teve muito mais fracassos, não passando da primeira fase em 6 ocasiões. No entanto, essa nova geração belga é bastante promissora e está “sedenta” para conquistar um título. Para isso, conta com a ajuda dos craques Kevin de Bruyne e Hazard para chegar ao tão sonhado título mundial.

De Bruyne e Hazard são craques da Bélgica e do futebol internacional. (Créditos: Getty Images)

Os semifinalistas serão conhecidos na sexta e no sábado, todos às 11 horas e 15 horas (horário de Brasília).

Uruguai x França: sexta-feira (6), 11h, Nizhny Novgorod;

Brasil x Bélgica: sexta-feira (6), 15h, Arena Kazan;

Suécia x Inglaterra: sábado (7h), 11, Samara;

Rússia x Croácia: sábado (7), 15h, Sochi.

por Gabriel Lutterbach

Copa zebrada

Tá fácil de ver e vamos dividir pelas chaves, a de línguas latinas e a outra.

Línguas latinas

Uruguai: dois bons atacantes, um ótimo técnico e uma seleção com futebol e garra, que só se abalou no início da Copa, mas achou o jogo: pode passar pela França.

França: joga quando quer, soube fazer gol a Argentina, descansar, recuperar e descansar de novo sem perder o jogo: vence o Uruguai se quiser.

Bélgica: dormiu mais de uma hora vendo o Japão jogar, depois fez o que quis: falta maturidade, não talento.

Brasil: faz o que bem entende, com nomes interessantes, mas um futebol tão imprevisível quando os rumos políticos do país: zebra da chave.

Outras chave

Rússia: veio pra jogar três jogos, já ganhou o quarto e tá com combustível pra mais, na base do “tamos em casa”: zebra da chave.

Croácia: passou dos grupos com tranquilidade e passou aperto diante dos postes dinamarqueses: se tiver a frieza do Modric pra bater um segundo pênalti, passa.

Suécia: tá treinando pra 2022 e sem o maior craque do país, mas tá treinando a sério e chegou até onde pôde: se continuar séria, pode passar da Inglaterra.

Inglaterra: chega pra Copa com uma das melhores defesas do mundo e passa aperto diante de uma Colômbia de altos e baixo: o histórico recente diz que está na final, os resultados da Copa dizem que pode perder pra Suécia.

O que esperar

Importante lembrar que quem apita a Copa é o computador, que tira a graça do futebol. O gol mais repetido da história das Copas, la mano de dios, não existiria hoje. E o computador só é acionado quando interessa à arbitragem. Ou seja: não existem mais erros, só acertos digitais e interesses.

Numa Copa de craques chegando cedo em casa, seleções favoritas se despedindo e resultados certos indo pra prorrogação, se der Brasil e Rússia na final, não fico surpreso.

 

por Gustavo Burla

De campeã a novidade: o Grupo D

Quebra de jejum?

Com 17 participações e dois títulos, a vice-campeã da última Copa, Argentina, chega no grupo D como a grande favorita a passar na primeira colocação. Alguns estão desconfiados da seleção, pelo fato dela ter carimbado o passaporte para a Rússia apenas na ultima rodada das eliminatórias. Sem conquistar o mundo desde 1986, a seleção, conhecida por exercer sempre muita raça em campo, contará com o talento de várias estrelas, como Lionel Messi (jogador do Barcelona), que já foi eleito o melhor jogador mundo por cinco vezes, além de Di Maria (PSG), o jovem Dybala (Juventus) e outros craques consagrados.

Apesar da diferença técnica entre as equipes do grupo, e o fato da Argentina ser uma das favoritas, ela não pode esperar um caminho tão fácil. Os jogos contra Nigéria e Croácia são promessas de grandes confrontos, com muito equilíbrio na marcação.

Messi treina pesado para encarar a Copa do Mundo (Fonte: Reprodução/ Facebook oficial AFA)

Rumo a classificação

Apesar de não ter tanta tradição em Copas, a Croácia vem em busca de grandes feitos. Participando apenas da sexta em sua história, a seleção é considerada uma das que mais evoluíram dos anos 90 para hoje. Na preparação para a Copa, a equipe croata enfrentou o Brasil e fez um jogo muito forte na marcação. Ela vem em busca de se classificar para a segunda fase da competição. Para isso, conta com Ivan Rakitic (Barcelona) e Luka Modric (Real Madrid).

A melhor colocação croata em Copas foi em 1998, quando conseguiu o terceiro lugar. A briga entre Croácia e Nigéria por uma das vagas promete ser muito grande. Além da boa marcação, outro ponto positivo da equipe é a bola parada.

Lucas Modric com o troféu da Liga dos Campeões (Fonte: Real Madrid)

Agora vai?

A Nigéria chega a sua sexta participação em Copas do Mundo esperando realizar o que nenhuma seleção africana fez até então: superar as quartas de final! Para isso a seleção aposta em uma mescla entre jogadores jovens e experientes, como o capitão Obi Mikel, que já atuou no Chelsea e atualmente defende o Tianjin Teda, da China.

Seleção Nigeriana líder do Grupo B das Eliminatórias Africanas (Fonte: Encrypted)

O destaque fica por conta dos jovens atacantes Kelechi Iheanacho e Alex Iwobi além de Victor Moses que atuam na Premier League, respectivamente em Leicester City, Arsenal e Chelsea.

Os Super Águias conquistaram a classificação para a Copa liderando o grupo B da terceira fase das eliminatórias africanas sem nenhuma derrota. Foram 4 vitórias e 2 empates totalizando 14 pontos somados.

Alex Iwobi, jogador do Arsenal, um dos destaques da equipe (Fonte: QZ)

Apesar do sonho de chegar às semifinais, a expectativa é que briguem pela classificação às oitavas de final. O que vier depois disso já os credencia para a zebra da competição.

Curiosidade

Os uniformes que vão vestir a seleção nigeriana na copa do mundo têm sido um sucesso de vendas. Os kits produzidos pela Nike são bem diferentes dos básicos de algumas outras seleções e se distanciam também dos uniformes usados pela própria equipe na copa de 2014. Chamam atenção pelas cores e formas na camisa que fazem alusão à plumagem de uma águia, o mascote da seleção. Além de ter semelhança ao modelo usado na primeira copa disputada pelo país, em 1994.

Novo uniforme produzido pela Nike (Fonte: Nike)

Foram recebidos mais de 3 milhões de pedidos da nova coleção na pré-venda, quebrando todos os recordes de procura. O lançamento em lojas fisicas também provocou grande procura e o esgotamento dos materiais em algumas.

Um detalhe, porém, distoa desse sucesso. O preço dos kits faz com que uma pequena parte da população do país consiga ter a camisa, restringido a compra aos mais ricos e simpatizantes estrangeiros.

Em busca do impossível

Após a incrível campanha na Eurocopa de 2016, a Islândia passou a buscar a classificação para uma Copa do Mundo. Disputando a vaga no Grupo I das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, ao lado de Croácia, Ucrânia e outras seleções, a Seleção Islandesa mais uma vez brilhou e terminou a fase classificatória na liderança do grupo, alcançando, pela 1ª vez em sua história, uma participação em Copas do Mundo.

Sem estrelas no seu elenco, a seleção busca, através da união da equipe, fazer história novamente e se classificar para a segunda fase da Copa do Mundo. É um feito considerado impossível? Não. Porém, é muito difícil. Desbancar seleções com certa tradição em Copa não é para qualquer um.

Jogadores da Islândia comemorando a vitória sobre a seleção do Korvo, que garantiu a primeira vaga da equipe em um mundial (Fonte: Estadão Conteúdo)

por Otávio Augusto, Bernardo Ribeiro e Kiko Halfeld

Costa Rica faz verdadeiro “auê” em grupo da morte

E o que era inesperado pelo mundo todo aconteceu. A “zebra” Costa Rica venceu a tetra campeã Itália, garantiu a classificação e de quebra ainda eliminou todas as possibilidades que a Inglaterra tinha de se classificar. Os costarriquenhos que disputam sua quarta Copa do Mundo, são os primeiro a se classificarem no considerado grupo da morte, com três campeãs mundiais. Já Itália e Uruguai decidem na próxima rodada quem será o próximo a garantir uma vaguinha nas oitavas de final.

Em um jogo que não começou nada quente, como os 29°C que marcavam na Arena Pernambuco, em Recife, os italianos conseguiram assustar apenas duas vezes a seleção da Costa Rica, com o atacante, Balotelli. Na primeira tentativa, o camisa 9 chutou pra fora, após receber belo lançamento de Pirlo e na segunda chutou forte, porém, o arqueiro Keylor Navas segurou firme a bola.

Ruiz faz gol do jogo contra a Itália

Já os costarriquenhos reclamaram de um pênalti não marcado pelo árbitro Enrique Osses, depois que Campbel arrancou e depois de levar um tranco pelas costas foi derrubado dentro da área. Entretanto no lance seguinte aos 43 minutos o lateral esquerdo Díaz cruzou a bola que encontrou o capitão e camisa 10, Ruiz, que cabeceou para fazer o gol da vitória. Os jogadores ainda ficaram apreensivos pela confirmação do gol que logo foi confirmado pela tecnologia que está sendo utilizado pela primeira vez em mundiais.

A campanha se torna a melhor da história do país da América Central que estreou em mundiais em 1990.

por Caio Wessling

Azzurra pode garantir classificação contra “zebra”

A Itália joga amanhã contra a Costa Rica podendo tentar garantir a classificação antecipada no considerado grupo da morte. Os italianos entram em campo às 13h, na Arena Pernambuco, em Recife, em jogo válido pela segunda rodada.

Um duelo à parte entre os camisas 9 deve acontecer amanhã e prometem dar muito trabalho aos zagueiros adversários. Pelo lado costarriquenho, a aposta é Joel Campbell, que dizimou os uruguaios na primeira rodada. Já pela Azzurra, o sempre polêmico Mario Balotelli, que marcou o gol da vitória conta os ingleses, é a maior arma italiana. O atacante de 23 anos já tem anotado em sua conta 31 jogos pela seleção e a marca de 13 gols.

Uma boa notícia para os italianos é que goleiro Gianluigi Buffon, que teve uma lesão no tornozelo antes da estreia da Azzurra pelo mundial, deve voltar ao time para ajudar Prandelli e os companheiros a garantirem a vitória e a classificação italiana. Algumas mudanças devem ser feitas pelo técnico: Thiago Motta (brasileiro naturalizado) deve ganhar a vaga de Marco Verratti e o lateral esquerdo De Siglio que também estava se recuperando de lesão, deve começar a partida no lugar de Paletta.

Voltante deve ser titular no jogo de amanhã

 

por Caio Wessling

“Zebra” é líder e grupo do grupo da morte

Depois de uma primeira rodada cheia de surpresas, especificamente falando da vitória da Costa Rica sobre o Uruguai, no grupo D, o da morte da Copa do Mundo, duas seleções já definam suas vidas na competição já na próxima rodada. Uruguai e Inglaterra se enfrentam na próxima rodada. Em último colocado o Uruguai se complicou após perder por 3×1 para a “zebra” Costa Rica. Já a Inglaterra fez um jogo muito quente, literalmente, contra a Itália e não aguentou Balotelli e seus “mafiosos”, que roubaram três pontos dos ingleses.

Em segundo lugar, a Azzurra disputa com os costarriquenhos a liderança do grupo. O vencedor praticamente já garante vaga na próxima fase do mundial. O grupo da morte pode ter a única seleção sem título e expressividade classificada, surpreendendo a todos.

A Costa Rica aposta suas fichas no atacante Joel Campbell que acabou com os uruguaios em Fortaleza e segue na ponta da tabela. Enquanto isso, coladinha no líder, a tradicional Itália, além de jogar com o peso da camisa que tem quatro estrelas tem Balotelli e genialidade do veterano meia Andrea Pirlo. Os ingleses contam com um elenco mesclado, com experiência e juventude, Gerrard, Lampard, Sturridge, Sterling e Wayne Rooney que segue sem fazer gols em mundiais. A Celeste vem com tudo com Luis Suarez que se recupera e deve entrar em campo contra os ingleses.

Costa Rica é líder do grupo da morte

Um grupo onde o primeiro classificado pode ser definido já na próxima rodada e pior podemos ter uma campeã do mundo já eliminada, ou seja, grupo surpreendente que promete muitas emoções.

por Caio Wessling

Zebra desfila em Fortaleza

A seleção da Costa Rica deve estar até agora sem entender o que aconteceu ontem, no estádio Castelão. Agora a vida dos costarriquenhos vai ser baseada nos pontos positivos que fizeram a estreia da equipe ser uma das mais importantes das quatro participações da equipe em mundiais.

Costa Rica comemora terceiro gol

Na sequência do mundial, a equipe quer manter a pegada que teve no jogo contra os uruguaios. Falho na hora do gol uruguaio, a zaga costarriquenha precisa corrigir os erros.

No ataque, a grande esperança para continuar vencendo é o jovem Joel Campbell, atacante fez um gol no jogo e infernizou a defesa lenta do Uruguai, que estava composta por Godín e Lugano.

Campbell cuidou da bola como se fosse sua

por Lucas Capute

“Zebra” faz primeira vítima da Copa

Nomeada de “zebra” do grupo D, o considerado da morte (Uruguai, Inglaterra e Itália), a Costa Rica fez sua primeira vítima. Na estreia da seleção pela Copa do Mundo, os costarriquenhos, ganharam do bi campeão mundial Uruguai, de virada, por 3×1. O jogo aconteceu nessa tarde no Estádio Castelão, em Fortaleza.

Em um jogo que era importantíssimo vencer para se classificar, a Celeste caiu e se complicou logo na primeira partida. Os uruguaios saíram na frente no marcador com um gol de pênalti de Cavani no primeiro tempo e foram para o vestiário com a vantagem de um tento. Porém, ao retornar para a segunda etapa, a Costa Rica achou um caminho para a vitória chamado Joel Campbell, de apenas 21 anos, que empatou a partida e infernizou a defesa uruguaia.

Atacante comemora o gol de empate

Oscar Duarte e Marcos Ureña marcaram os outros dois gols e cravaram três pontos na conta dos costarriquenhos que são líder do grupo da morte (pelo menos até o fim do jogo entre Itália e Inglaterra).

No final da partida o lateral direito do Uruguai Maxi Pereira foi e expulso. O atacante Luiz Suarez, do banco de reservas, nada pôde fazer, há não ser lamentar e se recuperar para a próxima partida quinta-feira, 19, na Arena de São Paulo, contra Inglaterra, às 16h. Já a Costa Rica volta a campo na sexta-feira, 20, contra a Itália, na arena Pernambuco, em Recife às 13h.

 

por Caio Wessling